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A soberania em saúde foi discutida na Terceira Cúpula Social dos Povos da América Latina e do Caribe

O reforço dos esforços para construir a soberania sanitária e a autonomia farmacêutica foi um dos temas discutidos na Terceira Cúpula Social dos Povos da América Latina e do Caribe, realizada em Santa Marta, Colômbia, nos dias 8 e 9 de novembro de 2025, na qual o Movimento pela Saúde dos Povos participou ao lado de organizações e movimentos regionais pelo direito à saúde.

A Cúpula Social dos Povos da América Latina e do Caribe foi um espaço para a articulação plural de organizações e movimentos sociais da região, a fim de contribuir ativamente para a consolidação da agenda de integração regional da América Latina e do Caribe e avançar em direção a maiores níveis de participação e influência política na CELAC como mecanismo institucional dos Estados, a partir de uma perspectiva popular, democrática, soberana, inclusiva, antipatriarcal e ambiental, com alcance nacional, regional e internacional.

O Movimento pela Saúde dos Povos, junto com as agências farmacêuticas públicas, são ferramentas para apoiar sistemas de saúde abrangentes e universais. A pandemia da Covid-19 mostrou a fragilidade dos sistemas de saúde e a dependência da região em relação à tecnologia e à produção estrangeiras.

Os representantes latino-americanos falaram sobre a necessidade de aumentar o investimento em saúde: “não estamos investindo o suficiente e, o que investimos, não investimos bem”. “A gente abandonou nossa capacidade em favor de um mercado privado que não funciona para atender às necessidades da população.” “Precisamos falar sobre soberania em saúde, fortalecer nossa indústria farmacêutica e investir em inovação e desenvolvimento tecnológico relacionados às necessidades de saúde pública, bem como garantir que os conhecimentos gerados com dinheiro público continuem sendo públicos.” Esses foram alguns comentários feitos pelos delegados nesta cúpula.

Esta Cúpula Social está ocorrendo em um momento histórico para o movimento que busca o acesso aos medicamentos, reunindo organizações preocupadas com o mesmo problema estrutural. Os debates mostraram a importância da autonomia farmacêutica e o papel da sociedade civil na proposição de uma agenda para que os governos regionais busquem consenso.

Essas discussões mostraram que a saúde não é apenas uma questão biomédica, é uma questão social e não pode ser vista como um negócio. A soberania em saúde deve ser abordada sob a perspectiva do Estado de bem-estar social, complementada por diferentes tipos de conhecimento. A sessão plenária sobre saúde na cúpula também discutiu a necessidade de termos nossos próprios medicamentos e conhecimentos coexistindo em um contexto intercultural.

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